quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Bará


Orixá dos caminhos, encruzilhadas, porteiras, passagens, segurança das casas e por ser dono dos caminhos e das encruzilhadas, simboliza o movimento.Considerado o demonio da Canbinda.
  Dia da semana: segunda-feira
  Cor: vermelha
  Guia: vermelha ou corrente de aço
  Parte do corpo Bará rege:  pênis, pâncreas, uretra, urina, sangue
  Ferramentas:chave, foiçe, corrente, garfo, ponteira, punhal e cachimbo
  Lugar de oferendas: cruzeiros abertos, fechados, encruzilhadas
  Aves: galo vermelho ou preto, podendo ter as duas cores juntas.
  Pombo: preto e cinza
  Quatro-pé: bode preto ou vermelho para Bará Lodê, cabrito avermelhado para os demais
  Peixe: pintado
  Frutas:ameixa vermelha, butiá,cana-de-açúcar
  Sobrenomes de Orixá: Lodê, Lanã, Tiriri, Adague, Burucu, Baluaê, Agelú, Toquí, Demí, Alupanda, Bi, Leba,  Abanada, bô, Tolabi
  Flor: cravo vermelho
  Características: dono dos cruzeiros
  Dia do ano: Lodê, 29 de junho, demais Barás, 13 de junho
  Doce: caramelo, mel, negrinho (brigadeiro), bombons etc.
  Ervas: Cambuim (Para Lode)fumo brabo, dinheiro em penca, arruda macho, alevante guiné, orô, arnica, , carqueja, canela
  Saudação: alupo
  Animal de estimação: rato
  Função: abertura de caminho, demanda, etc.
  Santo que representa: Lodê, São Pedro, demais Barás, Santo António
  Dias do Ano: 13 de junho e29 de junho.
  Primeiro Orixá do Panteão Africano, é dinâmico e jovial. É o intermediário entre os homens e as divindades, considerado o mensageiro. Dono dos caminhos e das encruzilhadas simboliza o movimento, portanto fecha e abre os caminhos. É um orixá das questões mais imediatas, relacionadas a dinheiro e trabalho. É a ele que pedimos abertura nos negócios financeiros, pedimos que leve, aos demais Orixás, os nossos pedidos e agradecimentos. Não teremos êxito sem antes pedirmos e ofertarmos algo ao Orixá Bará.
  Os Barás dividem-se, basicamente, em dois tipos: "os de dentro de casa": Bará Agelú, Lana, Adague, etc., considerados mais calmos em relação a Bará Lodê, o Bará da Rua, considerado violento e por isso é muito respeitado. O Bará Lodê é o guardião do templo e por isso deve-se cumprimentá-lo por primeiro ao entrar num terreiro de batuque e nunca mulheres ferteis devem se aproximar deste temido e vingativo Orixá. Seu assentamento e seus pertences ficam guardados à parte, numa casinha, geralmente vermelha na parte frontal do templo. Acompanham o Bará Lodê: Ogum Avagã e lansã Timboá, igualmente denominados Orixás de rua.  É o mais humano dos orixás, por exemplo: adora agrados e oferendas, detesta água e chuva, nos dias chuvosos é inútil lhe entregar oferendas, nestes dias é melhor deixá-los guardados no Quarto-de-Santo ou Peji, até que a chuva cesse.
  Aqueles que são regidos por Bará, apresentam uma personalidade muito marcante e um comportamento cotidiano muito diverso. São pessoas altamente fiéis aos seus princípios, aos amigos e as suas causas. São corajosos e dedicados.Alguns tem fortes tendencias a praticas ilicitas.
  Amáveis, não medem esforços nem sacrifícios para auxiliar aqueles que amam. Excelentes amantes, a virilidade é uma característica básica daqueles regidos por este orixá, pois a sedução é sua maior arma por seu pai ser dono do libido.
  Características positivas: são comerciantes hábeis e espertos, profissionalmente sempre chegam ao seu objetivo, mesmo que para isto tenham que se empenhar de corpo e alma para conseguirem seus intentos. Fortes, capazes, espertos, inquietos, astutos, atentos, rápidos, despachados e sagazes. Características negativas: Severos e exigentes ao extremo, caprichosos, extremamente vaidosos e ambiciosos. Brigões, debochados, brincalhões, sempre esperam uma recompensa por aquilo que fizeram. Tem caráter dúbio, sendo gentil e maldoso ao mesmo tempo.
  Lendas
  Bará teve numerosas brigas com outros orixás, nem sempre saindo vencedor. Certas lendas nos contam seus sucessos e seus reveses, nas suas relações com Oxalá, ao qual fez passar alguns maus momentos, em vingança por não haver recebido certas oferendas, quando Oxalá foi enviado por Olodumaré, o deus supremo, para criar o mundo. Bará provocou-lhe uma sede tão intensa que Oxalá bebeu vinho de palma em excesso, com conseqüências desastrosas.Por motivo dessa lenda o verdadeiro filho de Oxalá sempre desconfia dos filhos deste Orixá.
  Em outras lendas, narra-se que houve uma disputa entre Bará e o Grande Orixá, para saber qual dos dois era o mais poderozo, em conseqüência, o mais respeitável. Oxalá provou sua superioridade durante um combate cheio de peripécias, ao fim do qual ele apoderou-se da cabacinha que encerra o poder de Bará, transformando-o em seu servidor. Durante uma competição, da mesma natureza, entre Bará e Xapanã, foi este último que saiu igualmente vencedor.
  Por esse mal feito foi almadiçoado por Oxalá para nunca entrar dentro do terreiro e e seria apenas amado e servido fora do templo( Referente a Lode) e comeria apenas o amargo.
  Uma história mais simples, conta-se que Bara tentou seduzir sua propria mãe Yemanjá e foi amaldiçoado por Oxalá a sempre servir aos demais Orixás. Como vingança ele não abençoa nenhuma obrigação sem antes servi-lo.
  Por este motivo sempre sirva a Lode antes de qualquer obrigação ou ele se vingara ferosmente, se você negar a ele sangue ele tirará o seu, se negar comida ele trancara seu ganha pão. Pessoas que atrapalharam a obrigação deste maravilhoso Orixá foram ferosmente castigadas. Por ser um Orixá quase humano tem o mais profundo instinto de vingança.
  Como o nome Bara quer dizer pedinte em Iorubá, tudo que voce da a ele recebe muito em troca. 

Bokun


Considerado orixá de Oyó é representado por uma criança anunciando novas{tipo ano novo} do caledário, e é orixá da saúde.   Evita-se fazer qualquer obrigação que inclua o dia 25 de dezembro, dia dedicado a Bokum, pela muita exigencia deste orixá. No Gêge suas rezas foram incluidas no Oxalá ou no Ogum.
  Sua guia é - cinza claro{leitoso acinzentado}
  Saudação - Oká
  Animais - pomba cinza claro, 4 pé de ave, 4 pé de pêlo
  Animal cacteristico -carneiro recem nascido
  Forma de okutá - branco leitoso arredondado, em vulto é uma criança em sobre um globo.
  Ferramentas - globo terrestre, pomba.

Iemanjá


Na Mitologia Yoruba, é considerada a dona do mar ,  de origem Egbá.

    Yemojá, que é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, Orixá do mar (masculino (em Benin) ou feminino (em Ifé)), muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em Abeokuta.

    No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.

     Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de Fevereiro, uma das maiores festas do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.

     Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.

     Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.  

     Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.(Jorge Amado)

     Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.
      Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
     Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
      Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
      Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
      Iemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
      Iemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
      Iemanjá Boci-  é a mais jovem e a mais vaidoza
      Iemanjá Bomi e Nanã dividem o cargo das mais velhas e mais sábias, e é considerado um dos unicos orixas que estendem sua misericórdia.
      * Dia: Sexta.
      * Data: 2 de fevereiro.
      * Metal: prata e prateados.
      * Cor:azul claro, prata transparente, verde água e branco.
      * Comida:canjica branca com cocada, canjica branca com cheiro verde, manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz,  e vários tipos de furá.
      * Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.
      * Símbolos:ancora, abebé prateado, perolas, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.                                                                                                                                                     

      Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem. No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.

      Uma das maiores festas ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes. No mesmo estado, em Pelotas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas. As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por várias pessoas.

Oxum


Oxum é a Deusa dos lagos, rios e cachoeiras. Assim como ela suas filhas são amorosas, românticas e muito apegadas à família e ao lar. E como detestam brigas, fazem de tudo para viver na mais perfeita harmonia. Oxum também pode ser invocada para todos os assuntos que estejam relacionados à maternidade. A protetora das águas doces está fortemente relacionada à sensualidade, pois é considerada a deusa da beleza. Bastante vaidosa, adora ficar se cuidando, se adimirando no espelho. Mesmo que às vezes tenha que usar da falsidade ou da esperteza, este Orixá não mede esforços para conseguir o que deseja. No Brasil, sua imagem esta relacionada ao ouro, o metal mais precioso que temos. Por ser também considerada a deusa das artes, do dinheiro e da riqueza, Oxum está associada ao luxo e requinte. Muito sentimentais, seus filhos emocionam por qualquer motivo. Na vida profissional, procuram sempre estabilidade financeira para ter tudo o que a vida pode oferecer de bom. Nas relações pessoais prezam demais a verdade e a lealdade que colocam acima de qualquer coisa na vida.
Dia da Semana: Sábado

Saudação: Ora Iêiêo!

Cores: Dourado

Símbolo: Abebê ( espelho )
   Nos cultos Afrobrasileiros do Rio Grande do Sul 2011 é regido por este maravilhoso e incomparavel Orixa.